OVO: O BOM OU O VILÃO?
Durante muitos anos o ovo foi visto como um alimento a moderar, com a recomendação de não exceder os 3 ovos/semana porque poderia “aumentar o colesterol”. No entanto, os estudos realizados neste âmbito têm mostrado que este aumento é pouco significativo e que indivíduos saudáveis podem ingerir 1 ovo/dia sem problemas para a saúde. No entanto, em determinadas patologias, estas recomendações são diferentes e devem ser analisadas com o profissional de saúde.

A ingestão recomendada de colesterol, para indivíduos saudáveis, é de 300 mg/dia. Dois ovos médios têm aproximadamente 224 mg de colesterol, mas este não é todo absorvido pelo nosso organismo. Porquê? O ovo contém na sua composição um bom aliado – a lecitina, presente na gema – que interfere na absorção do colesterol impedindo que este seja absorvido pelo intestino e libertado na corrente sanguínea, facilitando a sua excreção pelo fígado. No entanto, o colesterol não deve ser visto apenas como algo negativo uma vez que é essencial no nosso organismo. Sabia que o colesterol é fundamental para a produção de vitamina D e na produção de diversas hormonas, como as hormonas sexuais e cortisol?

O ovo é dos alimentos mais completos a nível nutricional. Além de ser uma excelente fonte de proteína, o ovo é rico em vitaminas e minerais dos quais podemos destacar as vitamina D, B12, B2, A e o selénio, assim como em luteína e zeaxantina, antioxidantes essenciais à saúde ocular.
É importante também saber escolher os ovos. Já reparou que na casca do ovo tem uns números a vermelho? Sabe o que significam? É um código que se considera o “bilhete de identidade” do ovo. Deste modo fica a saber, qual o país de origem do ovo, em que condições foram criadas as galinhas e qual a zona de exploração. Assim, o primeiro número corresponde ao modo de criação; as duas letras formam o código do estado-membro; o último número indica qual a Direção Regional de Agricultura que supervisiona a exploração de onde os ovos são originários.
É importante ter em atenção especialmente o primeiro número – condições em que foram criadas as galinhas – optando sempre que possível pelos ovos que se iniciem com o código 0 ou 1.